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Plano de Negócios - Por que é tão fundamental?

Atualizado: 4 de abr. de 2021



Você, empreendedor ou futuro empreendedor, não sabe como tirar suas ideias da cabeça e colocá-las no papel? Não tem problema. Esse artigo o ajudará a fazer isso.


Mas partindo do princípio:

  • Você sabe o que é um Plano (ou Planejamento) de Negócios?

  • Como montar um Plano de Negócios de forma eficaz?

  • Já calculou o custo do seu negócio?

  • Já definiu a política de marketing?

  • Vai precisar de pessoal?

  • Sabe quais ferramentas estão disponíveis para ajudá-lo?


Essas questões serão abordadas nos vários artigos de nosso Blog. Para facilitar, todos os assuntos foram divididos por categorias, ficando assim mais fácil para sua compreensão.


Neste artigo faremos um resumo do que você verá em todo nosso BLOG. Acreditamos que após sua leitura você se sentirá motivado a querer aprender em detalhes o que você deverá fazer para montar seu próprio negócio da forma correta.



Por que Planejar é importante?


O planejamento de negócios é a base para um empreendimento de sucesso. Mas, infelizmente, muitas pessoas ainda pulam essa lição básica e, em consequência, negócios acabam ficando pelo meio do caminho.


Aliás, sem um plano de resposta aos muitos desafios do dia a dia de uma empresa, fica difícil saber como agir.


Empreender sem um planejamento é como navegar em alto mar sem uma bússola e os demais instrumentos de navegação: ou seja, o resultado só pode ser a perda de rumo e todas as suas consequências que vem junto à este fato.


No Brasil, país em que a maioria empreende por necessidade, são muitos os que têm problemas ao planejar suas atividades. De acordo com a pesquisa GEM (Global Entrepreneurship Monitor), em 2018, 37% das empresas brasileiras foram abertas como meio de subsistência.


Para não cair nas armadilhas de um negócio tocado na base do improviso, o ideal é investir em planejamento. Esse é o tema deste artigo. Convidamos a lê-lo até o final!


O que é planejamento de negócios?


Basicamente, o planejamento de negócios serve como documento descritivo das metas e objetivos de uma empresa. Também é por meio dele que são previstas as ações indispensáveis para o cumprimento do que foi definido. Isso traz muitas vantagens. Uma delas é a diminuição das incertezas.


Uma ideia, por melhor que seja, não pode sair do papel sem cumprir com uma série de exigências e ter a sua viabilidade testada. Portanto, é no plano de negócios que muitas respostas serão conhecidas antes mesmo de se de dar vida ao projeto imaginado.


Qual a importância de um planejamento de negócio?


Um planejamento de negócios representa uma etapa obrigatória antes de começar uma empresa.


Mas e se você já possui um negócio e ainda não tem um plano detalhado para ele? Não se preocupe, ainda dá tempo de montar o seu. Para isso, instrumentos (assim como no exemplo da navegação), servem como um guia para orientar o empreendedor e sua equipe. Por exemplo, por esses instrumentos serão definidos missão, visão, valores, metas e estratégias.


O planejamento serve, ainda, como referência em relação à captação de recursos. Afinal, toda empresa precisa de dinheiro para nascer, sobreviver e crescer – seja através de capital próprio ou de terceiros. E se for para buscar recursos no mercado, o que será que não poderá faltar? Se você respondeu "planejamento" parabéns, acertou!


Assim, o planejamento é muito útil para reduzir os riscos a serem enfrentados pois é nele que o empreendedor pode avaliar a viabilidade do negócio que tem em mente e ainda definir o que fazer contra possíveis ameaças, sejam elas externas e internas. Também pode analisar o mercado e clientes em potencial, o que é fundamental para direcionar os investimentos.


E por fim, o planejamento de negócios é uma ferramenta de apoio à gestão dinâmica. por isso, de tempos em tempos deverá ser ajustado conforme os novos desafios que por ventura surjam na condução de uma empresa.



Principais seções de um plano de negócios


Conforme destacado anteriormente, um planejamento deve conter uma estrutura padrão, a partir da qual os principais tópicos relativos à parte estratégica e operacional serão contemplados em forma de seções. Entre as várias estruturas, podemos destacar :


  • Conceito do negócio

  • Sumário Executivo

  • Produtos e serviços

  • Mercado e competidores

  • Marketing e vendas

  • Planejamento operacional

  • Estrutura e operações

  • Planejamento Financeiro

  • Equipe de gestão

  • Estratégia de crescimento


Lembre-se: trata-se apenas de algumas sugestões, pois um plano de negócios é algo bastante maleável.



10 passos para elaborar o planejamento de negócios da sua empresa


Sumário executivo


Assim como um livro é precedido de um índice, no caso de um plano de negócios o sumário executivo é a referência inicial. É nele que encontraremos todos os tópicos abordados, funcionando como um tipo de índice. Trata-se de uma seção importantíssima. Se for bem elaborado, poderá aumentar o interesse do leitor em prosseguir na sua leitura. caso contrário, o plano de negócios poderá ser ignorado. Sempre imagine como se seu plano de negócios fosse apresentado para futuro um investidor.


Em resumo, é função do sumário executivo servir como um índice para avaliação rápida do negócio, além de servir para sintetizar o plano, expondo-o em tópicos menores.


Dica: o sumário executivo, por resumir todo o plano de negócios, deve ser elaborado por último.


Análise de mercado


Voltando ao exemplo da navegação, se gerir um negócio é como navegar, então, a análise de mercado serve como um “mapa” sobre o que será encontrado em alto mar. É nesse tópico que o empreendedor conhecerá e detalhará o cenário no qual deseja participar. Clientes, fornecedores e concorrentes devem ser identificados nesta fase.


E será a partir dessa análise que a empresa deverá elaborar o seu plano de marketing.

Ela é constituída, basicamente, de cinco etapas:

  • De clientes: para conhecer quem comprará os produtos/serviços oferecidos;

  • De concorrentes: para reconhecer quem são os concorrentes diretos e indiretos, seus pontos fortes, fracos e como superá-los;

  • De fornecedores: para identificar quem fornecerá insumos, produtos ou matérias-primas;

  • Do segmento de mercado: para saber em que nichos de mercado a empresa deverá atuar;

  • Do setor: sobre o setor em que a empresa está inserida e suas perspectivas de crescimento.


Plano de marketing


Com a análise de mercado concluída, teremos todos os elementos para elaborar um plano de marketing. Será por meio dele que a empresa definirá qual o seu marketing e identificará quais são os seus 5 Ps:

  • Produto: o que será vendido e seus diferenciais

  • Preço: o valor final, considerando fatores internos e externos

  • Praça: o local ou locais nos quais a empresa vai atuar

  • Promoção: de que forma a empresa divulgará e promoverá suas mercadorias/serviços

  • Pessoas: como a empresa atenderá clientes, colaboradores e stakeholders (todos os interessados nela).

No plano de marketing, a empresa também deverá definir oferta de valor, segmento de clientes, canais de distribuição, recursos, relacionamento, receitas, custos e atividades chave.


Plano Operacional


O plano operacional é a parte do planejamento de negócios que cuida da ação. Será através dele que a empresa vai organizar todos os seus processos produtivos até a chegada dos produtos/serviços às mãos dos clientes. Nele, além de outros fatores, serão definidas as tarefas que cada um deverá desempenhar para que o ciclo operacional se complete. É no plano operacional que poderão ser utilizadas uma ou mais das várias ferramentas disponíveis para colocar seu plano de negócios em ação. É nessa fase que saímos do papel para a ação.


Importante: Consulte, na seção Planejamento Operacional, um de nossos vários artigos sobre ferramentas de planejamento e como usá-las. Clique aqui.


Qualidade


Estipular padrões de qualidade é muito importante. Sem esse parâmetro, a empresa acabará sendo mais uma na multidão. Por isso, seus produtos e/ou serviços deverão ser disponibilizados ao consumidor final apenas se estiverem em conformidade com um padrão mínimo de qualidade.


Para produtos, essa qualidade estará diretamente relacionada com a das matérias-primas e insumos usados na sua fabricação. Já no caso dos serviços, qualidade é sinônimo de bom atendimento, além da técnica aplicada em cada prestação.


Custo-benefício


A análise da relação custo-benefício tem como objetivo antecipar os resultados para as diversas situações nas quais a empresa poderá estar envolvida. Essa é uma ferramenta bastante útil no sentido de minimizar riscos, servindo para balizar decisões. Ela consiste em definir:

  • Eventuais cenários em que a empresa poderá se envolver

  • Os objetivos em questão para cada um deles

  • As alternativas disponíveis

  • Custos e benefícios implicados em cada uma dessas alternativas

  • O custo-benefício conforme a decisão tomada.


Análise de Fornecedores


Como bem sabemos, a oferta de produtos e serviços depende diretamente da qualidade dos insumos e mercadorias dos fornecedores. Nesse sentido, um plano de negócios também deverá contemplar o planejamento voltado à gestão do fornecimento. Ele consiste, basicamente, em identificar os seguintes aspectos:

  • Preço: quanto menor, maior será a margem de contribuição dos produtos

  • Localização: fornecedores bem localizados têm sempre vantagem, pois pode oferecer soluções ágeis às suas demandas

  • Forma e prazos de pagamento: o fornecedor aceitará duplicatas? Só trabalha com pagamento à vista? A forma de pagamento tem grande peso nos lucros

  • Disponibilidade: ele só trabalha em dias úteis ou está disponível 24 horas? Dependendo da demanda, pode ser interessante um fornecedor sempre disponível

  • Quantidade mínima por compra: há aqueles que trabalham com lotes mínimos, portanto, tenha em vista suas projeções de vendas ao tratar desse aspecto.


Plano Financeiro


Um dos principais motivos apontados pelo Sebrae para a mortalidade precoce de empresas brasileiras é a falta de acompanhamento da parte financeira. É o que diz o estudo “Sobrevivência das Empresas no Brasil” na página 53. Portanto, todo o cuidado é pouco para garantir a manutenção da empresa e a sua saúde financeira.


Nessa parte do plano de negócios, deverão ser definidos:

  • Investimentos iniciais – quanto será necessário para começar e se sustentar até o negócio gerar lucro

  • Estimativas de receitas e despesas

  • Análise de indicadores de viabilidade, como EBITDA, ROI e Payback.


Análise de Cenários


Mesmo que a avaliação do custo-benefício seja contemplada na análise de cenários, vista mais acima, nada impede a empresa se aprofunde ainda mais nessa questão, pois nessa fase serão elaboradas estratégias variadas, considerando diferentes situações em cenários hipotéticos. Para isso, existem ferramentas que servem exclusivamente para antecipar riscos e medidas a serem adotadas. Como exemplos podemos citar a Matriz SWOT e a Revisão do Plano de Negócios.


Importante: A Revisão do Plano de Negócios é um importante passo pois o plano, depois de concluído, deverá ser revisado para identificar possíveis lacunas. Pode ser, por exemplo, que sejam necessários ajustes no plano de marketing, operacional ou financeiro. Se for preciso, até mais de uma revisão deve ser feita. Quanto mais detalhado for o plano, mais cuidadosa a revisão.


Conclusão


Sabemos que tocar uma empresa ou negócio não é uma tarefa fácil, principalmente se considerarmos tudo aquilo que deve ser planejado antes mesmo da sua criação.


De fato, empreender é um processo trabalhoso, mas, ao mesmo tempo, altamente gratificante para quem faz do jeito certo.


Para isso, o primeiro passo é montar e aplicar o planejamento de negócios.


E você, está pensando em empreender? Se a resposta é sim, não deixe de seguir as dicas e orientações deste artigo e do restante do nosso BLOG. Ele foi feito exclusivamente pensando em você!


Até a próxima!


Por Carlos Souza




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Fontes deste artigo:

Imagens do blog:

Todas as imagens foram retiradas do site https://pixabay.com/pt


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